Viver
em sociedade significa muito mais do que assistir aos acontecimentos, requer a
verdadeira participação, intervenção, é um dever complexo de todo indivíduo que
se denomina cidadão. Só aquele que se insere verdadeiramente na sociedade, principalmente
na política, pode expressar seu direito de interferir nas mudanças e decisões,
porém esses cidadãos estão cada vez mais escassos e os indivíduos estão
tornando-se alienados e cada vez mais contra a própria atividade política.
O
problema principal está na visão equivocada do homem em relação à política. Com
base no pensamento de Aristóteles, o homem só é completo com a participação
política, o homem é um “animal cívico”, portanto é dever do cidadão estar
sempre a par dos acontecimentos, além do mais, o próprio Estado é constituído
pelo homem, sua participação é essencial. Por isso, essa visão negativa a
respeito da política é maléfica à própria sociedade, os indivíduos confundem
política com politicagem, criando uma “barreira” entre o homem e o Estado, sem
participação, aumento da alienação, e tudo isso torna-se um ciclo vicioso.
O
fato do homem cultivar esse “ódio” pela política, aumenta cada vez mais a distância
entre o cidadão e o Estado, essa alienação acaba formando indivíduos sem
valores e ética, o que é confirmado a partir do pensamento de Hobbes. O filósofo
afirmava que o Estado é o poder comum, capaz de manter a ordem, sem essa força
externa, os indivíduos tendem ao confronto, guerra de todos contra todos. Esse
pensamento é comprovado pela situação que o Espírito Santo vivenciou em
fevereiro deste ano, sem a força policial para controlar os indivíduos, o Estado
ficou um caos, civis roubando e matando, descontrolados. Essa situação mostra
claramente que o distanciamento do Estado pelo cidadão, é como a quebra do
contrato social, nessa distância não há valores, ética ou ordem.
Portanto,
a participação ativa na política está diretamente ligada à ordem da vida em
sociedade, o contrato social só é benéfico para o cidadão que realmente está
inserido na sociedade, tanto pelas ações, quanto pelos valores, uma forma de
sanar esse problema está na base do cidadão, ou seja, melhoria e aprofundamento
dos estudos, principalmente filosóficos e sociológicos, para a formação de
discernimento para fazer o certo pela ética, ao contrário, é apenas um indivíduo,
“lobo do próprio homem”.
Giovana
Tieme Paião Turuta – 3ª EM
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