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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Do grego xénos: "estrangeiro", phóbos: "medo"

  Xenofobia: aversão a qualquer coisa estrangeira, que não seja nacional. Pode se manifestar por preconceito linguístico, cultural ou pessoal.
  Quando uma certa cultura se engloba dentro de uma outra e, esta por sua vez se torna a cultura subordinada, fica sem sentido dizer que esse país pode ser xenofóbico. Por exemplo, no Brasil não proferimos rato, sim "mouse", não vamos ao concerto, sim ao "show"; então como o Brasil poderia ser xenofóbico contra a cultura americana (do norte) se ele próprio adquire palavras da língua da mesma? Mas devemos lembrar que isso não ocorre apenas nessa co-relação de Brasil-Estados Unidos (tomando como base a língua estadunidense) isso ocorre em todos os lugares, o que torna a xenofobia algo sem sentido.
  A xenofobia não pode ser considerada como aversão contra estrangeiros propriamente dita, pois ela pode se manifestar musicalmente, culturalmente ou linguisticamente. Ela é como um racismo disfarçado de um nome mais bonito.
  Diferente da aracnofobia ou da agorafobia, a xenofobia chega a ser um preconceito propriamente dito, pois assim como a homofobia, a xenofobia não é uma aversão ou um medo, sim um pré-conceito que temos para com uma outra pessoa. Os aracnofóbicos ou agorafóbicos quando veem uma aranha ou um inseto, a primeira coisa que fazer é se afastar diante do medo; já o xenofóbico ou homofóbico tendem a maltratar seus respectivos "medos".
  Para alguém exigir respeito, tem que, primeiro, respeitar, se o respeitado respeitar e essa dinâmica prosseguir, o mundo, ou uma parte dele, mesmo que pequena, pode começar a melhorar. E quando, nem que seja a mínima parte, melhora, incentiva todo o resto a fazer o mesmo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Globalição : Xenofobia em ação

O continente europeu e os Estados Unidos são os principais destinos do fluxo imigratório, e não é para menos: motivados pelo sonho de se obter uma melhor qualidade de vida, muitos embarcam para os países do norte almejando um bom emprego, uma boa Educação.
Entretanto, eles não são europeus, muito menos estadunidenses, e em suas bagagens além de sonhos, esperança e algumas trocas de roupa, eles estão levando a cultura de seu país de origem, o que inclui hábitos, alimentação e experiência de vida, o que os torna diferentes culturalmente da massa norte americana/européia e é quando se manifesta o sentimento de aversão a essas pessoas (imigrantes), muitas vezes alcançando níveis de agressão física.
Nos últimos anos, temos assistido diversos episódios no cenário internacional em que europeus culpam os imigrantes oriundos de países subdesenvolvidos pela taxa de desemprego elevada, justificando que eles tomam o seu lugar no mercado de trabalho, quando na realidade trata-se de uma forma de camuflar o sentimento de aversão, e por que não dizer de ódio, revelando um elevado grau de intolerância.
Também vale a pena ressaltar que a aversão ao difernete não precisa ultrapassar fronteiras, como foi o caso da jovem paulista, que cursava direito, ao ser preconceituosa com os nordestinos na rede social twitter.
Assim, embora hoje a xenofobia ainda assuma como elemento o carácter racial e homofóbico, a aversão cultural é a maior expressão da xenofobia, graças a globalização que permite uma maior troca cultural.É preciso que a escola e a família trabalhem juntas para educar um indivíduo mais tolerante à miscigenação cultural, que possa enxergar o mundo globalizado como algo a acrescentar em termos de conhecimento.

sábado, 25 de junho de 2011

Jogue fora o que não for bom

É comum ouvir que estamos vivendo a Era da informação, em que a sociedade gira em torno da capacidade de coletar, classificar, selecionar e transmitir informações; porém não basta detê-las, é preciso saber selecioná-las, compreendê-las e gerar conhecimento útil, caso contrário haverá "lixo" se acumulando em nosso cérebro.
A exigência, cada vez maior, de profissionais e indivíduos mais qualificados e informados feita pela sociedade capitalista e globalizada e pelo mercado de trabalho, faz com que milhões de pessoas se coloquem em busca de mais e mais informações, tentando absorver o máximo possível, o que nem sempre é conquistado, causando preocupação, ansiedade, insônia dentre outros distúrbios.
é fácil adquirir informações, elas estão por toda parte,e em enorme quantidade e diversidade no meio tecnológico revolucionário do final do século XX: a internet. Porém o problema está exatamente em querer absorver tudo, até mesmo aquilo que não é útil no momento, mas se espera que seja no futuro; isso consome a atenção, diminui a capacidade de retenção da memória além de transformar o cérebro em um depósito de informações que jamais serão utilizadas.
É maravilhoso e necessário estar informado, mas o excesso de informação pode ser prejudicial, por isso o correto seria selecionar e focar naquilo que é realmente importante e útil, o que não for poderá ser "jogado fora" que não fará falta alguma, muito pelo contrário, deixará o cérebro limpo para gerar mais conhecimento com novas informações.
Portanto o excesso de informação nos prejudica tanto quanto a sua falta, o acesso à ela é fácil e sua aquisição gratificante na maioria das vezes,todavia,é necessário selecionar o que é bom,descartar o duvidoso e indesejável para que a informação seja assim uma aliada do saber.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Over Capacity !

O avanço dos meios de comunicações associado com o desenvolvimento de um mundo cada vez mais globalizado em que notícias vão e chegam a todo o momento e em grande demanda, colocou a sociedade em uma situação em que se torna impossível absorver tamanha quantidade de informação em um período tão curto de tempo.
A difusão dos acontecimentos no mundo, que décadas atrás demoravam dias para alcançar outros países, hoje é alcançada quase que em tempo real. Mais notícias em um menor espaço de tempo implicam em um bombardeio de informações, vindas da TV, rádio e, hoje, principalmente, pela a internet.
Entretanto, com tantas informações a serem processadas, o cérebro humano não é capaz de digerir todas as receitas de bolo do canal 7, as músicas mais tocadas do dia, a Revolução Francesa da aula de história, os inúmeros ataques ocorridos nos países islâmicos, a previsão do tempo para a sua cidade ou as datas de inscrições para os vestibulares.
Portanto, embora os meios de comunicações tenham ampliado a sua capacidade de transmitir as informações, o ser humano não é nenhuma máquina em que se possa introduzir toda a informação que foi recebida. Criar um hábito mais seletivo em que se escolha cuidadosamente o que realmente deve ser absorvido, associado com uma melhor organização do seu tempo é uma maneira eficaz de se obter o conhecimento.

Gabriel Bosisio

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Fato Social: a influência das normas exteriores

Desde o advento do capitalismo, do liberalismo e do mundo globalizado em que vivemos, o consumismo é evidente, consome-se para se sentir bem, para "estar na moda", e nosso principal exemplo são as roupas. Estas servem como um indicador de classe social, faixa etária, sexo, opção sexual, local onde vive. Há casos em que isso é negativo, mas também há casos em que há necessidade de ser dessa maneira.
Há certos momentos que sua vestimenta deve seguir determinado padrão para que se esteja adequado àquela situação.Por exemplo, não há como ir e um velório com roupas coloridas, ir a um casamento com bermuda, camiseta e Havaianas nos pés, bem como naõ se pode ir assim em uma entrevista de trabalho. Nesses casos, há a necessidade de se estar conveniete a determinada situação e para ser bem sucedido deve-se seguir determinados padrões, ditos "universais".Mas a questão é quando a vestimenta é vista com algum preconceito subentendido.
A sociedade carrega normas que, se não cumpridas, são vistas como forma de segregaçaõ a quem não as cumpriu, é comum a divisão "essa é roupa de homem e essa de mulher", "essas de idosos e essas de adolescentes", "essa é uma roupa da cidade e essa do campo". Ao ver uma pessoa, sem nem ao menos conhecê-la, por suas roupas, acha-se que já sabe de onde ela veio , qual seu estado civil, sua sexualidade e sua situação econômica. Pior ainda é quando alguém torna-se escravo das marcas e da moda, ou quando um estabelecimento comercial despreza, trata mal, é preconceituoso com quem não se encaixa nesses padrões. Para tentar se adequar a isso pessoas de classes mais baixas tentam se enquadrar nesses padrões para evitar essa segregação, mesmo com uma situação financeira que dificulta essa tentativa defensiva.
Para mudar isso, não pode-se mudar as roupas de cada um, cada indivíduo veste-se como quer, da forma como se sente bem e de acordo com sua situação financeira, a solução e acabar com o preconceito arraigado na sociedade, julgar alguém por seu carácter, por suas atitudes, e não por suas posses, por suas roupas, pelo modo como fala. Para isso deve-se realizar campanhas, manifestações em escolas, nos meios de comunicação, para alterar a mentalidade de uma sociedade de normas e modelos.

Um pen drive ou um ser humano?

Desde a pré-história, o homem, como exemplo de um ser evoluído, procura estabelecer um domínio do mundo a sua volta, para isso, procurava conhecê-lo, criar explicações para seus fenômenos, mas em muitos casos esbarrava em fatos nos quais apenas seus conhecimentos e informações não eram suficientes para explicá-los, nesses casos criava mitos e crenças religiosas para explicá-los, se sentir seguro diante deles e de certa forma, dominá-los.
Atualmente isso não mudou, o homem vive sob a necessidade de conhecer o mundo a sua volta para sentir que tem o controle sobre ele, a questão é que com o advento de um mundo globalizado, com a evolução dos meios de comunicação e da tecnologia, o homem é bombardeado todos os dias com uma quantidade gigantesca de informações que chegam por meio da Internet, da TV, dos livros, nas escolas, nos locais de trabalho, e o indivíduo tenta armazenar e acumular toda essa informação como se fosse uma máquina programada, substituindo, dessa forma, os antigos mitos e crenças.
Isso ocorre porque o homem quer ter o controle de tudo a sua volta, assim como seus ancestrais e, para isso, acredita que deve acumular o máximo de informações possíveis, caso esse acúmulo não ocorra, o indivíduo passa a se considerar atrasado, ultrapassado, fora dos padrões que a sociedade moderna impõe, inútil e é assumido por uma crise de desespero e de desconforto, o que pode levar até a problemas de saúde, como a depressão.
É necessário entender que conhecimento e o excesso de informações não são a mesma coisa e que possuir um deles não quer dizer também ter o outro, isso ocorre porque grande parte das informações recebidas não são ideais, elas podem ser perda de tempo, inúteis, além do risco de serem usadas como forma de manipulação pela mídia, pelos meios de comunicação em massa, por grandes empresas e por órgãos e partidos políticos.
Nesses casos é necessário adquirir um senso crítico, realizar uma verdadeira "peneiração", analisar as informações recebidas, avaliar sua utilidade e o que há por detrás delas e, assim como com os alimentos, digeri-las, aproveitar e absorver o que é necessário e descartar o excesso inútil e pouco confiável.

terça-feira, 14 de junho de 2011

www.memoriaesgotada.com

As informações desde sempre foram responsáveis por mudar e influenciar o destino dos povos e guiá-los rumo à evolução. Com a globalização os níveis de informação vêm crescendo em ritmo acelerado e transformando bruscamente o modo de vida dos homens, inseridos nessa gigantesca rede informacional.
Não é possível viver no mundo atual sem prestar atenção no que está ocorrendo ao seu lado e a muitos quilômetros de distância; as informações correm, voam e atingem milhares de pessoas em poucos segundos.Isso é fruto do desenvolvimento dos meios de comunicação que evoluíram do simples diálogo verbal e passaram por grandes invenções como a escrita, a carta, o telégrafo, o telefone, a televisão, e o fax, até chegar à Internet, a grande transmissora de informações em tempo real.
Porém, essa grande quantidade de dados que circunda o mundo não é motivo para desespero e pânico como pensam algumas pessoas que tentam ser verdadeiros depósitos de atualidades e fatos recém-acontecidos.Essa síndrome do excesso de informação acaba por prejudicar o psicológico dessas pessoas que nunca estão contentes com o que sabem e acham necessário absorver novas informações a todo momento.
Além disso, é mais importante valorizar as raízes, culturas e experiências as quais os indivíduos adquirem durante a vida do que se preocupar com o que virá a acontecer. Uma prova disso está no mercado de trabalho, tão fomentado e agitado atualmente. Ao procurar por um novo empregado, a primeira característica a qual o empreendedor busca é a experiência do candidato em trabalhos anteriores e não a capacidade deste de trabalhar com tecnologias e máquinas recém-criadas - o que não deixa de ser importante.
A informação é necessária, contudo a sociedade precisa aprender a controlar a entrada de arquivos no "HD Cerebral" e desligar-se um pouco da efervescência das novidades do mundo globalizado para assim aproveitar e viver a vida, de fato.



Yan Liboni